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Via Claudia Augusta – hoje demos inicia a nossa quinta etapa:
5ª Etapa: quarto dia de pedal
FUSSEN a LERMOOS – 43 Km
Saímos de Fussen e depois de pouco mais de seis quilômetros chegamos a Pinswang na Áustria. Passamos por dezenas de vilarejos encravados no meio dos Alpes.
Nesse trecho aos redores de Reutte, paramos para visitar o Castelo de Ehrenberg, conhecido também como Burgruine Ehrenberg, castelo em ruínas. O castelo foi construído no século XII tornando-se o centro da corte naquela época, que mais tarde se mudou para Reutte, em XVI. Ele foi destruído pela invasão francesa em Tirol, no início do século 19.
Mas para chegar lá é necessário comprar um ticket na oficina de turismo localizado na Fortaleza Klause – a rota passa em frente. Na recepção fomos informados que não era permitido subir de bike. Só caminhando; então deixamos as bikes em um lugar adequado e seguimos. É possível obter informações no site – http://www.ehrenberg.at/de/highline-179.html.
Até chegar ao castelo levamos cerca de vinte minutos caminhando dentro da floresta por uma longa subida. Mas valeu a pena. O lugar é lindo e depois de pedalar tanto, uma caminhada caiu bem.
Próximo ao castelo existe uma ponte pênsil – Highline-179 – sobre a estrada e que vai até ao Forte Claudia do outro lado. A ponte tem a altura de 114,6 metros e 406 metros de comprimento.
Highline-179
Atravessar a ponte pênsil exigiu um pouco de coragem, mas a vista de lá é deslumbrante; o que fez com que esquecemos a altura e o balanço dela. Foi demais!!!!!
Do castelo seguimos para Reutte,
Na cidade são muitas as casas que estão decoradas com “Lüftlmalerei” (em tradução livre, “pinturas no ar”), pinturas presentes nas fachadas, com motivos religiosos ou prosaicos, e que são verdadeiras obras de arte. Quanto mais elaboradas, maior a riqueza do proprietário na época. Eventualmente estas pinturas são construídas de forma a criar ilusões de ótica. Incrível !!!!
Em Reutte fomos privilegiados com uma linda exposição de fotografia em uma das praças da cidade.
A poucos quilômetros depois de Reutte encaramos uma subida bem forte com cascalhos soltos. Foi necessário empurrar as nossas bicicletas para algumas centenas de metros. De repente, acabamos percebemos que estávamos no topo do primeiro pico do percurso em Wengle em cerca de 1100m do nível do mar e,
em seguida, começou a descida para Lermoos.
Chegamos a Lermoos e seguimos direto para Oficina de Turismo checar se os hotéis indicados no guia tinham vaga. Na recepção a garota que nos atendeu nos deu uma lista de hotéis disponíveis e por coincidência havia um do lado com um nas mesmas condições dos hotéis do guia. Então optamos por ele.
Chegamos a tempo de explorar a pequena cidade e encontrarmos uma festa local. Ficamos um tempinho por lá e voltamos para hotel. O céu começava escurecer e a cidade esvaziar. Só nos restava descansar e nos preparar para o dia seguinte.
6ª Etapa: Plano B – um percurso feito de ônibus
LERMOOS a LANDECK
Ao contrário dos dias anteriores, hoje o dia amanheceu com chuva, vento e frio. Tínhamos que decidir o que fazer diante das condições adversas. Tínhamos duas opções para chegar até Landeck : pedalar debaixo de chuva e com frio pela rodovia, pois os moradores locais nos desencorajarão seguir pela Via Claudia Augusta devido a forte neblina ou fazer o trajeto de ônibus, que naquele momento era o mais seguro. Conversamos com os proprietários do B&B onde ficamos hospedados e eles nos disseram que não haveria problemas para transportar as bikes e que o transporte publico, tinha estrutura para carregar até cinco bicicletas.
Ficamos frustrados, pois estávamos preparados e na expectativa de alcançar o Fernpass (1215m), mas o bom senso e a responsabilidade têm que prevalecer sempre quando há possibilidades de risco.
Então fomos esperar no ponto de ônibus e verificar a disponibilidade. Foi o que fizemos e tivemos sorte, o ônibus estava praticamente vazio. Chovia tanto que o motorista – simpático – permitiu que colocássemos as bikes dentro do ônibus. O site para verificar o transporte público na Áustria www.postbus.at/en/Timetable/
De ônibus
Já dentro ônibus percebemos que ele pararia em todas as cidades no percurso , então decidimos comprar a passagem para Nassereith ( 7 euros ) ao invés de comprar para Landeck, na esperança de que o tempo melhorasse. O percurso levaria 45min e chegando lá iriamos avaliar as possibilidades.
Infelizmente o dia teimava em continuar com as grandes e pesadas nuvens e, apesar da chuva ter diminuído e a temperatura estar mais amena decidimos continuar com o plano B. Compramos passagens até Landeck (9 euros -50min de viagem) , mas dessa vez o motorista pediu para que acomodássemos as bikes na traseira do ônibus em ganchos colocados especialmente para o transporte de bike.
No guia da Via Claudia existe informações sobre os shuttles – transporte privado para bike. Caso não queria deixar as magrela dependuradas. (www.bikeshuttle.at )
Landeck
O ponto final do ônibus em Landeck é na estação de trem. De lá seguimos para o centro da cidade em busca de hotel. Não foi fácil encontrar – todos muito caros. Resolvemos pedalar fora do centrinho, na esperança de encontrar outras possibilidades de hospedagem.
Já estávamos dispostos a ir para próxima cidade -FlieB. Vimos uma placa da Via Claudia e seguimos a indicação. De repente encontramos um casal que vendo nossa bike carregada, nos preguntou se estávamos a procura de hospedagem – Era o proprietário da Pension Thialblick em Landeck – o Sr.Krüger. Perfeito!!!!! Ele nos acompanhou até o local, mostrou onde estavam as com cervejas geladas e disse que era só pegar e deixar anotado em um papel colocado em cima da geladeira. Simples assim : uma relação 100% de confiança.
7ª Etapa: quinto dia de Pedal
LANDECK a NAUDERS 60,95KM
Saímos de Landeck e seguimos pedalando por uma bela floresta .
O percurso nos levou para pequenas estradinhas asfaltadas, bem pequenas, ou ciclovias em meio à mata com total estrutura para os ciclistas. É possível encontrar água potável em vários trechos. Foi um morador que nos avisou que a água que encontrasse no caminho podia ser bebida sem preocupação .
Essa região da Áustria, em que estávamos pedalando é muito linda! Pequenos vilarejos espalhados por todos os cantos ora nas montanhas ou nos belos vales entre as montanhas dos Alpes. Sempre pedalando por pequenos e belos povoados em meio a plantações e ao longo do rio Inn de águas transparentes entre paredões de calcário, num vale apertado. Lindo!!!!
Nesse trecho passamos por várias pontes de madeiras antigas. Uma arquitetura medieval que impressiona.
Seguimos pedalando passando por Tosens e Pfunds.
A partir daí, pedalamos mais alguns quilômetros até um ponto onde a Via Claudia Augusta desaparece como ciclovia e se transforma em uma picada no meio das montanhas.
Assim que terminou a trilha chegamos a uma autoestrada onde havia uma placa indicando Martina – nosso sentido. Mas logo depois um túnel apareceu. Havia uma placa com um triangulo e uma bike dentro e eu me lembrava de ter lido que isso significava ” trânsito de bike” Ficamos na dúvida se atravessaríamos , mas seguimos pedalando. Foi tenso.
Na Suíça
Logo depois deixamos pra trás a Áustria e entramos na Suíça. A primeira cidade ostentando a famosa bandeira vermelha com a cruz branca foi na verdade uma vilazinha composta de uma dezena de casas: Martina
O trecho dali em diante não ir ser fácil – estávamos preparados para encarar um dos trechos temidos. Seriam aproximadamente 7km de subida até Nauders, região da tríplice fronteira (Áustria, Suíça e Itália) – aproximadamente 1.500 sobre o nível do mar. Uma longa em subida com um zigue zague interminável.
No final da subida o tempo começou a mudar,mas conseguimos chegar a Nauders sem chuva. Ela já havia passado por lá.
Logo na entrada da cidade nos deparamos com uma grande festa.
Tradicionalmente a cada fim de verão, as vacas são trazidas do alto dos Alpes. Quando chegamos a Nauders estava sendo realizado um evento eventos onde as vacas estavam expostas. Interessante observar todo envolvimento das famílias de produtores. As crianças participam ativamente na hora de levá-las para as montanhas
Depois desta incrível oportunidade de poder observar um pouco do dia a dia dos locais , seguimos a procura de um hotel. Ficamos hospedados no B&B Haus Mondschein (www.haus-mondschein.at) da família Maas.
8ª Etapa: sexto dia de Pedal
NAUDERS a NATURNO 84 KM
Deixamos Nauders logo pela manhã, o vale estava coberto pela neblina.
Os romanos quando atravessaram os Alpes trouxeram muito com eles: a língua e a escrita, a organização do estado e inclusive a religião. Ao longo de todo o percurso encontramos totens como esse.
Logo na saída passamos pelo Castelo Naudersberg, construído no século XII. Até 1919 o castelo era a sede da corte soberana de Naudersberg e da corte distrital de Nauders. Hoje é de propriedade privada.
Pela planilha sabíamos que o esforço do dia anterior ia ser recompensado por visuais incríveis (Lago Reschen) e por uma longa descida.
Sete quilômetros depois de deixarmos Nauders, fizemos nossa passagem pelo Passo de Resia, atravessando os Alpes e chegando à Itália.
Chegando à Itália.
A primeira cidade que avistamos foi à belíssima Resia, em frente ao enorme lago azulado – o Lago di Resia
A história do nascimento desse lago é uma lembrança um pouco triste.Antigamente, nessa região de Passo Resia existiam três lagos natural: o lago de Resia, o de Curon (também conhecido como de Mezzo) e o de San Valentino alla Muta.
Em 1950, foi construída uma grande represa e os três lagos foram unificado, o que provocou a submersão do antigo centro de Curon, que foi transferido para as montanhas. Eles foram unificados para produzir energia. Entre as construções que ficaram submersas, estava também uma igreja do século XII.
Uma igreja do século XII.
Quem garante isso é o campanário que ainda hoje surge das águas do lago de Resia. Somente quando chega o inverno, com a água congelada, é que ele pode ser visitado a pé.
Pedalamos a beira do lago por pouco alguns quilômetros e, depois, foi só descida, tudo por ciclovia. Nunca imaginei descer os Alpes por uma ciclovia, cortando pequenas cidades, bosques, castelos e ciclistas subindo e descendo. Na Itália começamos a encontrar vários ciclistas.
Eu imagino que essa seja ciclovia sonhada por todos cicloviajantes. Perfeita!!!! Um trecho que intercalava descidas leves ou terreno plano. E as paisagens …de tirar o fôlego. Dia de sol, temperatura amena, céu azul, ar puro, bosques de pinheiros, pequenos lagos, aldeias pitorescas e vales. Sem falar no lindo Rio Ádige, que corta o território com suas límpidas águas verde-claro do degelo dos Alpes. Estava difícil seguir pedalando, tamanha beleza, acredito que nos paramos uma zilhão de vez para fotografar.
Seguimos pedalando pela região de Trentino-Alto Ádige – resultado da união de duas províncias, a de Bolzano e a do Trento. Fomos deixando para atrás pequenos povoados e muitas pomares de maças – verdadeira riqueza da região.Em uma dessas plantações paramos para conversar com as pessoas que faziam a colheita, na maioria polonesa.
Natuno,
Nossos planos para o dia de hoje era chegar a Merano, mas nós fizemos tantas paradas longas admirando a natureza que quando chegamos a Natuno, 15 km antes do destino programado já estava escurecendo. Então optamos em parar ali. Entramos na cidade e fomos procurar hotel. Tínhamos a indicação do guia oficial e o endereço, mas não tínhamos para quem perguntar, a cidade estava vazia. Claro, nos perdemos pela cidade em busca de um hotel. Quando de repente: estávamos em a uma escola de Musica, e vimos uma pessoa e perguntamos .
Ela não conhecia o hotel que buscávamos. Então ela chama por um garoto e mostra o nosso guia – O garoto diz “ é a pousada da minha mãe “ incrível!!!!!O garoto também achou incrível a coincidência e pediu para que nós o acompanhasse até sua casa. Chegando lá a noticia – “não há vagas”. O garoto ficou mais frustrado que nós. Eles foram muito gentis fizeram algumas ligações e encontraram um hotel para nós. Ficamos no Hotel Garni Central –www.garni-central.com
Uma dica – em algumas pequenas cidades onde não há oficina de turismo, e possível encontrar esses paneis com informações sobre acomodações. Normalmente localizados na praça da cidade. Ao lado do nome da acomodação ( hotel, B&B ou hostes) há uma luz vermelha e verde – verde significa disponibilidade. Há também um telefone onde as ligações são feitas sem nenhum custo.
9ª Etapa: sétimo dia de Pedal
NATURNO A BOLZANO 56,80 km
Um dia de pedal praticamente todo no plano. Foi mais um percurso de lavar a alma!!!
Seguimos por um longo trecho plano sempre ao lado de um rio de águas azuladas belíssimas e pontes de madeira cobertas.
Saímos logo pela manhã de Naturno. Nosso plano era passar a manhã explorando Merano, primeira grande cidade por onde passaríamos – distante apenas a 15,5 km. Passamos pelas aldeias de Plaus e Lagundo e finalmente para Merano.
No passado, a cidade foi ponto de encontro da nobreza europeia. A imperatriz austríaca Sissi costumava passar longos períodos por lá. A cidade, que fica no fundo de um vale, ainda guarda certo ar aristocrático e é um lugar particularmente agradável para passear, principalmente às margens do rio Passirio.
Esse edifício é também é sede de muitas manifestações internacionais, entre elas o Merano WineFestival – normalmente tem duração de três dias e acontece no mês de Novembro – e a Semana da Música de Merano. Ao total, são 13 salas que conseguem abrigar alguns milhares de pessoas. A Kurhaus foi inaugurada em novembro de 1874.
Nesse trecho percebemos um aumento de ciclistas e também encontramos lanchonetes, o que não vimos na Alemanha e na Áustria.
De Merano seguimos pedalando para Bolzano , destino final do percurso do dia.
Bolzano é uma cidade além de charmosa, bem peculiar. Devido à influência cultural alemã da região (Trentino-Alto Ádige), todas as sinalizações são feitas tanto em italiano quanto em alemão – Bolzano (em italiano), ou Bozen (em alemão). Os atendentes de supermercados e restaurantes, praticamente sempre fazem o cumprimento inicial nos dois idiomas: “Guten Morgen”, seguido de “Buongiorno”.
O coração da cidade é a Piazza Walther, construída em 1808 e batizada em homenagem a Maximiliano da Baviera. Depois, passou a ser chamada de Giovanni e somente em 1901 se tornou Walther em homenagem a um dos maiores poetas alemão. A estátua bem ao centro da praça representa Walther.
Chegamos a tempo de explorar a cidade, observar o vai e vem das pessoas e saborear a culinária local.
Ficamos hospedados no Guesthouse 37 (www.bedandbreakfast.eu ) no centro histórico da cidade .
10ª Etapa: oitavo dia de Pedal
BOLZANO a TRENTO 79,80 km
O percurso de quase 80 km foi quase todo de descida, exceto por uma pequena subida na cidade de Lavis. A trilha asfaltada corre paralela ao rio Adige. E é maravilhosa!!!!!!!
Nesse trecho vimos os primeiros vinhedos.
As montanhas dolomitas marcam a paisagem na região Trentino-Alto Adige.
A pista de bicicleta de Val d’Adige ou de “Pista ciclable delle mele” é parte da Via Claudia.
Trento
Trento foi mais uma bela surpresa, muito linda. É uma cidade universitária, com um centro antigo muito bonito e muitas, mais muitas bicicletas.
A cidade histórica ficou conhecida por sediar o Concílio de Trento (1545-63), estabelecido pela Igreja Católica para discutir reformas que pudessem atrair grupos dissidentes, particularmente os protestantes alemães, de volta para a Igreja. A catedral, onde ocorreram algumas reuniões do Concílio, foi construída em estilo românico no século XIII, após três séculos de construção.E linda!
No centro da praça está a Fontana del Nettuno, de 1769. A divindade greco-romana aparece no alto, rodeada na parte inferior por figuras mitológicas menores.
Piazza del Duomo
Nas casas ao redor da Piazza del Duomo estão lindos afrescos do século XV, que têm por tema os meses do ano. É difícil escolher o mais bonito!
Em Trento ficamos hospedados no B&B Doss Trento (www.dosstrento.it), onde fomos recepcionados por uma senhora muito simpática. Ficamos conversando sobre a cidade e sua historia por um tempo e ela nos contou também que por estar hospedados no seu hotel – participante do projeto visite Trentino podíamos receber gratuitamente um cartão Trentino Guest Card este cartão permite fazer pleno uso da rede de transportes públicos (inclusive trens) integrados de Tirol do Sul em um, 3 ou 7 dias consecutivos. E mais, é possível levar a bicicleta. Atenção: os trens regionais estão equipados apenas para o transporte de 15 a 18 bicicletas e os horários são específicos. Com o cartão também é possível visitar gratuitamente museus e castelos. Veja no site (https://www.visittrentino.it ) quais os hotéis participantes, foi uma agradável surpresa e uma boa economia. Na oficina de turista o cartão custa 40 Euros.
Ganhamos o cartão e uma grande duvida. Faríamos o próximo trecho de trem????? Sabíamos que a opção faria com que perdêssemos um trecho muito lindo e algumas boas subidas, mas em compensação teríamos um dia a mais em Veneza.
Decidimos explorar a região de trem.
11ª Etapa: uma alternativa – Um percurso de Trem
TRENTO a TREVISO
Foi difícil deixar Trento, a cidade é encantadora.
Seguimos do hotel direto para a estação de trem. Lá iriamos verificar a disponibilidade de vagas para as nossas bicicletas – havia vagão disponível ,então seguimos para Treviso de trem .
A viagem durou um pouco mais de três horas. Da estação de trem tentamos seguir umas placas de sinalização da Oficina de Turismo, mas as placas muito confusas, fez com que pedalássemos em círculos sem resultado. Desistimos e seguimos para um bar na praça central e utilizamos a internet para encontrar um hotel. Ficamos no B&B 19 Borgo Cavour (www.designbedandbreakfast.it )
Treviso tem todos os atributos de qualquer famosa cidade histórica: é muito antiga, possui palácios, igrejas e praças belíssimas e uma atmosfera sugestiva. É banhada pelo rio Sile e seu centro é feito de pequenos canais e pontes que formam uma atmosfera romântica em qualquer estação do ano. O centro histórico é cercado por uma muralha de cerca 4 km construída em época romana. Todo o percurso da muralha pode ser percorrido de bicicleta com segurança, na faixa exclusiva para ciclistas.
A Catedral de Treviso
12ª Etapa : nono dia de pedal
TREVISO a VENEZA 61,59 Km
Nosso ultimo dia de pedalada pela Via Claudia. Estávamos eufóricos!!!
Por tantos lugares passamos, tantas pessoas conhecemos e tantas estórias e historias aprendemos. Ainda não acreditando deixamos Treviso.
Não foi difícil encontrar a placa que sinalizava a saída.
O percurso foi mais uma vez, lindo. Mas as placas de sinalização da Via Claudia Augusta deixaram de existir na região de Treviso e principalmente na região próximo a Veneza. Mas, descobrimos uma sinalização que há muito tempo nos acompanhava, só que não sabíamos se era da Via Claudia – uns adesivos pequenos e redondos, com setas indicativas indicando o caminho, sempre colado nos postes nos principais pontos de duvida, deduzimos que a seta verde era a da Via Claudia e deu certo. Na duvida seguíamos sempre em direção das cidades indicadas no nosso guia.
Passamos por Silea, Casier e seguimos em direção a Quarto d’ Altino.
E novamente as sinalizações mudaram …
Mais tarde, revendo o mapa do site oficial (www.viaclaudia.org), descobrimos por que as placas sumiram de repente: na verdade, a Via Claudia termina, em uma localidade chamada Altino. Daí para a frente, já não está mais na Via Claudia.
A partir daqui seguimos a placa Bicitalia 4 que nos levaria até Veneza. Conferimos os mapas e seguimos mas, em um determinado ponto da estrada nós deveríamos cruzar a rodovia I4 e seguir por uma vicinal…
ERRAMOS e entramos na rodovia. Incrível pois não pedalamos nem 10 minutos pela autoestrada e lá estava a Policia Rodoviária com sirene e tudo. Fomos parados , multados e escoltados ate a próxima cidade.Os policiais foram gentis.
De Musestre a Mestre pedalamos cerca de 20km orientados pelos adesivos colocados nos postes.
Apenas nas proximidades de Mestre é necessário pegar autoestradas, mas como havíamos sido multados , na duvida paramos e perguntamos a um morador local se ali era permitido pedalar. O senhor nos garantiu que sim que seriam apenas 7 km -0 que nos tranquilizou.
Depois desse trecho já chegando em Veneza pedalamos os 4 km da ponte “della Libertá”, até a Piazzale Roma onde estão localizados o centro informações turísticas e a estação de trem e ferry boat.
Piazzale Roma
Na Piazzale Roma encontramos policiais que nos alertaram que era proibido entrar na cidade de bike ate mesmo para chegar ao Hotel – o nosso ficava na Praça São Marcos. Não seria necessário a regra, pois é impossível andar pela cidade, quanto mais pedalar. MUITA gente!!!!! Entendemos perfeitamente. Deixei o Zé Marques cuidando das bikes e fui ate a centro informações turísticas . Lá a pessoa que me atendeu só de me ver com o capacete foi logo me alertando sobre a proibição de circular de bicicleta em Veneza. Perguntei sobre estacionamento para bike , ela me sugeriu alguns de carros onde aceitaria as bikes. No estacionamento fomos bem . Tranquilos pegamos o ferry ate a Praça São Marcos onde desejávamos finalizar o nosso roteiro.
Foi assim que Veneza nos recebeu … um fim de tarde memorável!!!! E uma viagem fantástica que todos que adora pedalar ou é amante do cicloturismo deveria planejar e fazer.
Adoro ler seus relatos. Obrigada por compartilhar.
Obrigada!!!!!!! e eu adoro compartilhar.Bjs
Vera estou adorando ler seus relatos!!! muito bons!!!
nao sei se tem em algum lugar e nao reparei, mas vc poderia passar uma noção de gastos das viagens?
obrigada e um grande abraço
Oi Maria então os gastos em uma viagem depende do estilo de viagem que você deseja.
Eu fico hospedada em B&B, Pousadas ou Hostal bem mais barato que hotel e também uso muito supermercado local, principalmente para comprar frutas.
e faco apenas uma refeição no dia ,normalmente o jantar.
A media diária de uma viagem na Europa é em torno de 50 Euros ( hospedagem e refeição ).
Mas se você quiser posso fazer um planejamento para você. Me diga quando pretende ir>
Abs
Vera, incrível o seu relato!!! Até me emocionei vendo as fotos! Parabéns pelo lindo post e muito obrigada por compartilhar! Vcs foram em que época do ano? Pegaram muito frio? Pretendo ir em abril. Será que é um bom mês?
Abs.
Oi Janine o percurso realmente é lindíssimo. Vale muito a pena. Nos fomos em setembro, a temperatura é execente nessa epoca. Abril acho que você ainda pega baixas temperaturas. Abs
Bom dia Janine .
gilberto zidko
Quero fazer este passeio em 2018 , o principal problema é não ter companhia se tiver alguma pessoa que queira fazer comigo pode indicar por favor , tenho 67 anos fiz o circuito europeu em santa catarina em 2016 e 17 , sou aposentado e tenho tempo disponível . Quais os inconvenientes de fazer sozinho ?
Oi Gilberto bom dia! Eu não vejo nenhum inconveniente ir sozinho. Já fiz varias viagens solo e nunca tive problemas. O que recomendo e estudar e ler bastante sobre o roteiro. E o que faço.Planejamento é fundamental para o sucesso da viagem. Nem sempre conseguimos pessoas disponíveis para seguir com a gente.mas se você não se sentir seguro a agencias que organizam grupos.No Brasil a http://sampabikers.com.br faz um trecho da Via Claudia.Programa sim e vá e um percurso que vale a pena. Qualquer duvidas estou a disposição.
Muito legal todos os relatos, me motivou muito a fazer em 2018. Já vou começar a pedalar para me preparar, pq fiquei um pouco assustada com os kms diários
Oi Cláudia bom dia!!!!fico feliz por motiva-la. Vá mesmo , viajar de bicicleta não tem igual. E não se preocupe com os Km, você estabelece o ritmo e tudo é tao prazeroso que você nem percebe. e muito diferente o cicloturismo porque quanto mais devagar você pedala mais você usufrui da viagem.
Oi Vera,
Estou organizando uma viajem de bike pela rota Claudia-Augusta. Gostei muito do roteiro que vç descreveu. Mas tenho algumas inseguranças e dúvidas. Estou indo com esposa e filho de 17 anos. Andamos bastante de bike mas não somos propriamente ciclistas atletas. Agora vai as perguntas: tem muita subida pesada? Fica muito cansativo alguns trechos? Outra coisa que gostaria de saber é se dá pra alugar bike lá mesmo ou é necessário comprar ou levar bike? Voçe acha que seria igualmente interessante partir da Italia (Veneza) em direção a Alemanha? Pergunto isso pq estaremos viajando em julho. Nesse periodo pretendemos viajar um pouco de carro na Italia e se deixarmos para agosto há muitos turistas lá. Portanto seria mais interessante terminar a viajem (10/agosto) na Alemanha. Obrigado e parabéns pelos teus relatos
Oi Paulo bom dia!!
A Via Claudia Augusta é belíssima,vale a pena. Tem algumas subidas mas nada impossível – se cansar empurra :) . Alguns trechos voce acha que altimetria sera problema há possibilidade de pegar ônibus no post eu falo sobre isso.
Na minha opinião para o cicloturismo não é necessário ser super atleta, uma vez que o objetivo é ir devagar e apreciar os lugares.
A bike eu levei ,alugar não foi possível – começa na Alemanha e termina em Veneza – não encontrei lugar que alugasse para devolver em outro país.
Há possibilidade de comprar uma bike lá. E se comprar não precisa ser super bike.
Começar na Itália e terminar na Alemanha não vejo problema. Encontramos com muita gente fazendo isso.
Programa mesmo a viagem é inesquecivel!!!!!!
Abs
Boa tarde Vera.. estou programando a viagem pra Cláudia Augusta, mas tô com dúvida com relação a bagagem.. como vc fez!? Existe translado de um hotel para outro pras bagagem!?
Teria como me esclarecer sobre isso? Agradeço.
Oi kalline. Eu levei minha própria bagagem nos alforges.Pesquisei muito e não encontrei transfer para bagagem.Existe apenas em três pontos em (Landeck,Castelnuovo, Lermos) Onde estão os maiores picos ,são Bike Shuttle para quem esta cansado ou não querem pedalar.Não encontrei ninguem que faça translado de bagagem de um hotel para outro. Qualquer duvida estou a disposição
Bom dia
Vou fazer esse percurso em agosto de 2020 você teria como me passar os mapas em formato GPX ?
Desde já agradeço !!
Atenciosamente
Viviane Petry
Oi Viviane como vai? Que legal você fazer esse percurso. E uma viagem incrível!!!!
Eu quando viajo utilizo mapas físicos, não uso tenho uma tecnologia. ( sou das antigas, ainda não aderi aos recursos técnicos).
Tenho mapas e sugestão de etapas em word caso queria posso te mandar sim é so me mandar seu email.
abraços. Estou a disposição.
FANTASTICO SEU RELATO DESSA VIAGEM PELA VIA CLAUDIA AUGUSTA, ME INTERESSEI VOU ME PLANEJAR.
Obrigado Marcelo! Planeja sim é um roteiro lindo. Vale muito a pena. Abraços. Caso decida e precisar de alguma coisa estou a disposição.
Bom dia.
Que excelente raleto. Gostei muito e me senti viajando com vocês (desculpe a intromissão, hehehe…).
Ver pessoas “comuns” fazendo uma viagem tão bacana e linha nos inspira. Este é o primeiro post seu que li mas, certamente, lerei todos. É uma verdadeira inspiração pra quem pedala.
Um abraço.
Oi João boa tarde como vai? Que bom que gostou. Fico feliz.
O objetivo do blog é exatamente esse : fazer com que o outro viaje conosco e acredite, que sim é possível viajar de bike mundo afora.
Obrigado e forte abraço
Olá boa tarde!
Pedalei a Via Cláudia Augusta em agosto de 2018, foi definitivamente a melhor viajem da minha vida. Comecei em Fussen e fui até Trento, infelizmente não pedalei como vocês por toda a extensão da via, mas ainda assim foi espetacular. Li todos os comentários e respostas e posso dizer a todos que tiverem interesse que os lugares por onde passa a via são simplesmente deslumbrantes, cenário de filme. Vou novamente agora em 2021, por volta de agosto, estou em dúvida entre Via Cláudia Augusta rota completa, Santiago de Compostela ou Vale do Lóire na França.
Viajar de bike é maravilhoso, aprecia-se tudo de forma que não se faz em veículos automotores.
Desejo a vocês e a todos que acompanham muitas e muitas viagens.
Abraços!
OI Marcos boa tarde! Voce tem 3 opções maravilhosas. Agosto é um mes complicado para fazer Santiago de Compostela, é um dos periodos com mais peregrinos, tudo muito cheio. Caso voce possa ir só em Agosto considere Via Claudia ou França. Fica a dica. Forte abraço.
Olá companheira. Por favor quanto custou fazer o caminho completo mais ou menos. Digo refeição e hotel. Por favor.
Quero me preparar pra essa aventura.
Feliz Natal Vera Marques! Gostei muito do Pedalar e Viajar! Grato pelo seu relato.
Feliz Natal Vera Marques!